O Google Analytics 4 é uma nova forma de coletar dados lançada pelo próprio Google. Ele chega com novas funcionalidades e uma principal diferença: os Heats (do Analytics Universal) viram Eventos. Quer saber mais e entender como ele vai funcionar? Venha com a Trii. Já estamos implantando o GA4 para nossos clientes e testando todas as suas ferramentas e relatórios. Acompanhe o nosso texto e entenda mais sobre o futuro dos dados!
O que é o Google Analytics 4?
A partir de 1º de julho de 2023 o Analytics que conhecemos hoje vai parar de coletar dados. Apenas o Google Analytics 4 vai fazer essa função. Desde o ano passado, ele já está funcionando como Beta. Ou seja, ainda é como uma versão teste. O principal ponto de atenção aqui é instalar essa nova versão e ficar com as duas no seu site. Assim, quando a versão Universal deixar de existir em julho do ano que vem, você vai conseguir ter acesso aos dados antigos.
Uma das novidades do GA4 é justamente que ele não puxa os dados antigos. Então, se você deixar para instalar apenas quando o outro sair do ar, você não terá dados comparativos. Além disso, o Google Analytics 4 só salva informações por 14 meses. Por isso, é ideal já instalarmos um ano antes para conseguir acessar e ter base para comparar e explicar possíveis quedas para os clientes.
Na verdade, o padrão de salvamento é de apenas 2 meses, mas podemos trocar a configuração e ter acesso em dados de até 14 meses.
O Google Analytics 4 tem relação direta com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Ela está crescendo e ganhando visibilidade. Dessa forma, as pessoas têm que saber quais dados o site está pegando e o que será feito com eles.
A principal preocupação da LPGD é usar os dados de forma anônima para fazer anúncios e estratégias. Por isso, o Google está fazendo essa troca do Universal para o GA4.
Principais diferenças do Google Analytics 4
A principal diferença é que o Universal é baseado em heats. Ou seja, cada pessoa que clicou em algo, assistiu ou visualizou a página era contabilizada como heat. A versão antiga também tinha informações diferentes e muitos mais relatórios. Já no GA4 a coleta é feita em forma de evento. Isso quer dizer que ele usa eventos em vez de dados com base na sessão.
Talvez essa seja a parte um pouco mais chata. Isso porque ele trouxe a configuração do firebase (a versão do Analytics para APP) com algumas regras que já era usadas por desenvolvedores como:
- nome em inglês;
- tudo minúsculo;
- sem acento;
- sem espaço;
- com underline e não hífen.
A verdade é que o Google pegou uma parte do Analytics que já estávamos acostumados com o firebase e fez um “mix”. Por isso, ele funciona para site e app em uma mesma plataforma.
Esse é um segundo ponto de atenção. A quantidade de empresas que tem site e APP está crescendo e então, é possível acessar mais rapidamente em um mesmo lugar, dados consolidados. O APP lê pelo código e enxerga o mesmo evento no site e app e marca como mesmo evento. Para quem tem os dois (site e APP) o Google Analytics 4 ficou muito mais útil. Tem tudo em uma tela só. Não precisa somar mais dados e ainda eliminou a duplicidade do Analytics Universal.
Quando uma pessoa acessava pelo site e pelo app, por exemplo, o Universal marcava como se fossem duas pessoas diferentes. Agora, com o GA4 ele consegue identificar com um mesmo usuário e definir os eventos que a pessoa realizou tanto no site, como no app. Sendo assim, é comum notar que os números do Universal são bem diferentes justamente por causa dessa duplicidade.
A coleta de dados dos sites está cada vez mais focada em mostrar mais informações sobre a jornada do cliente. É por isso também que o GA4 inclui controles de privacidade, como medição sem cookies.
Função da agência com o novo GA4
Outro ponto muito importante sobre o Google Analytics 4 é que será preciso “decifrar” seus relatórios para entender as possíveis quedas. Na verdade não serão quedas, mas uma nova forma de utilizar os dados. A queda vai ser normal até certo ponto. E isso não quer dizer que a estratégia parou de funcionar ou que algo não está sendo feito.
A principal função da agência será analisar o que é realmente migração e o que precisa ser feito para melhorar. Pode haver dificuldade de fazer essa identificação se você fizer essa gestão sozinho.
Um ponto negativo é que a maioria dos eventos está em inglês e não tem como alterar o idioma. Apenas os eventos personalizados, que são criados especificamente, ficam em português.
Continuando com os contras, nem todas as ferramentas que fazem a integração com o Analytics já estão preparadas para o GA4. Ou seja, isso quer dizer que nem todas as plataformas de e-commerce, por exemplo, conseguem puxar os dados. E pode ser que até julho elas não estejam preparadas ainda.
Por outro lado, o Facebook, por exemplo, já faz essa migração. Algumas coisas, inclusive, dependem dessa integração com o GA4 (pixel do site no face). O ideal, pelo menos por enquanto, ainda é criar as duas versões do Analytics. Tem que configurar os dois tipos para não perder informações de alguma plataforma.
Taxa de rejeição
Também precisamos ter em mente que a versão Universal muito se baseia na taxa de rejeição. Isso, por sua vez, é contabilizado pela pessoa que entrou no site, acessou uma página e saiu. Quando ela não navegava no site era contabilizada como rejeição.
No Google Analytics 4 isso não faz sentido. A pessoa pode cair direto na página que ela quer e converter ali mesmo. Os eventos contabilizam se a pessoa está com a página em foco (a página que está visualizando e não apenas aberta). Se ela fica mais de 10 segundos com ela em foco, já contabiliza como uma sessão engajada. Ou seja, se ela ficou mais de 10 segundos, ela está lendo alguma coisa ou está rolando a página para saber mais.
O mesmo vale se a pessoa navegar em mais de uma página ou se ela clica em botões. Tudo é contabilizado de acordo com o tempo médio da pessoa no site e no que engaja. De uma forma geral, a taxa de rejeição passa a ser substituída por sessão engajada. Sendo assim, o foco da taxa de rejeição não é mais tão importante.
Lembramos que o GA4 não tem suporte ainda porque é uma versão Beta (de teste). O Google está dando uma “forçada” à instalação para melhorar as suas funcionalidades. O visual, a forma que ele lê os dados, relatórios, tudo está bem diferente. Ele ainda apresenta relatórios iguais em lugares diferentes. O GA4 ainda não definiu onde fica mais fácil acessar cada coisa. Esse teste Beta serve justamente para identificar a usabilidade de quem já está implementando ele.
Também não existem ainda certificações, apenas algumas “explicações” de como ele funciona. E outra diferença notável é a sua integração. O Universal era integrado apenas com o Search Console (parte orgânica) e ADS (parte paga). Já o Google Analytics 4 tem o Search Console, o ADS e, agora, o Merchant Center (analisa a conversão em e-commerce). É mais uma plataforma vinculada trazendo dados importantes para o Analytics.
Ainda seguindo essa lógica, as conversões eram criadas dentro do analytics. No GA4 a conversão é feita no Tag Manager, e então, lida pelo Analytics que passa a ler apenas códigos.
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